domingo, 1 de abril de 2012

PEDRAS NO CAMINHO




06/01/2012


Aproveitando os carros alugados,  fomos conhecer Stonehenge.
O significado do nome (do inglês arcaico Stan = pedra + hencg = eixo). 
Stonehenge é um complexo monolítico, formado por círculos  de pedras que
chegam a ter cinco metros de altura e pesar quase cinqüenta toneladas, situado
na planície de Salisbury, sul da Inglaterra, a uns 130 quilômetros de Londres.



A primeira visão que se tem ao se aproximar do local é de incredulidade.
Uma imensa planície verde com uma formação de pedras sobrepostas.
O English Heritage, órgão governamental criado para proteger os monumentos
históricos britânicos construiu uma infraestrutura completa para atender aos visitantes
que são muitos e ao mesmo tempo preservar o local.


Antes de chegar ao circulo de pedras, passamos por uma entrada com seguranças,
entramos numa espécie de túnel, saímos numa estrada cercada, para alcançarmos
o caminho em torno das monumentais pedras.


Stonehenge é certamente o maior ícone nacional da Grã-Bretanha, simbolizando 
poder, mistério,  resistência e grandiosidade.   
Sua finalidade original não é clara para nós, mas alguns estudiosos têm especulado 
que era um templo feito para o culto de antigas divindades terrenas.  
Foi  também chamado de observatório astronômico para a marcação de eventos 
significativos no calendário pré-histórico.  
Outros afirmam que ele era um local sagrado para o sepultamento de cidadãos do 
alto escalão das sociedades do passado.

 
A construção de Stonehenge se estendeu por mais de 13 séculos e técnicas diferentes
foram utilizadas para erguer o monumento.
Estudiosos consideram que vários povos habitaram o local neste período.
Assim, não apenas uma, mas muitas culturas  atuaram em sua construção.
Existem diversas lendas e mitos acerca da sua construção, atribuída a diversos povos:
Egípcios, Fenícios, Gregos, Celtas, Romanos, Saxões, Dinamarqueses, Atlantes,
Aliens, Druidas e até mesmo, acredite se quiser, ao mago Merlin.

 
Embora não possamos dizer com algum grau de certeza para que era utilizado, podemos dizer 
que não foi construído para qualquer finalidade casual. Somente algo muito importante para 
os antigos teria valido a pena o esforço e investimento que levou para construir Stonehenge.
A especulação sobre a razão pela qual foi construído variam de sacrifício humano à astronomia.


Em 1950, Richard Atkinson e outros arqueólogos britânicos, elaboraram uma  teoria
sobre o processo de construção de Stonehenge, que teria sido realizado em três etapas.
De todas as teorias existentes, essa foi considerada a mais aceitável.


O chamado Período I (c.3100 a.C), quando o monumento não passava de uma simples
vala circular com 97,54 metros de diâmetro, dispondo de uma única entrada. Internamente
erguia-se um banco de pedras e um santuário de madeira.
O círculo estava alinhado com o pôr do Sol do último dia do Inverno, e com as fases da Lua.

Durante o chamado Período II (c. 2.150 a.C) deu-se a realocação do santuário de
madeira,a construção de dois círculos de pedras azuis (coloridas com um matiz azulado),
o alargamento da entrada, a construção de uma avenida de entrada marcada por valas
paralelas alinhadas com o Sol nascente do primeiro dia do Verão, e a construção do círculo
externo, com 35 pedras que pesavam toneladas.
Essas pedras azuis foram trazidas das montanhas de Prescelly, sul do País de Gales, a
320 km de Stonehenge.


Acredita-se que as pedras foram transportadas por embarcações através da costa gaulesa e posteriormente, em terra firme, levadas sobre cilindros até o local do templo. Estas pedras foram posicionadas na vertical, no interior do círculo primário. Além disso, foi construída também a avenida que leva ao monumento de Stonehenge e à margem externa das planícies.


No chamado Período III (c.2.075 a.C.), as pedras azuis foram derrubadas e as pedras
de grandes dimensões (megálitos) - ainda no local - foram erguidas.
Estas pedras, medindo em média 5,49 metros de altura e pesando cerca de 40 toneladas cada.
Entre 1.500 a.C e 1.100 a.C, aproximadamente sessenta das pedras azuis foram restauradas e
erguidas em um círculo interno, com outras dezenove, colocadas em forma ferradura, também
dentro do círculo.Nesse momento também foram posicionadas as pedras transversais que se
apóiam sobre as pedras eretas. Ainda, o bloco conhecido como Pedra do Altar foi posicionado
em frente a um dos trílitos. (tri= três; lito=pedra).
Estima-se que as três fases da construção levaram mais de trinta milhões de horas de trabalho.


No século XX, Stonehenge abrigou celebrações de neopagãos.
A partir de 1918, o local passou a ser recuperado. Algumas pedras que, devido
ao tempo, estavam inclinadas e prestes a tombarem, foram reposicionadas.


Em 1985, as autoridades inglesas, a fim de preservar o monumento e a região,
proibiram os festivais neopagãos.
As pedras foram protegidas por cordões de isolamento a uma distância
que permite aos turistas uma visão perfeita das mesmas, mas sem colocar
em risco a integridade do monumento.

 
Cercada de mistério, Stonehenge deixa muitas perguntas sem respostas.
Qual o verdadeiro significado dessa criação e o que inspirou  sua construção
virou mera expeculação de estudiosos,  pois não existe na história qualquer
documento ou prova que  aponte uma direção correta.


 Seria Stonehenge um templo para a adoração do sol, um centro de cura, um local de enterro
ou talvez um calendário grande? Como é que os nossos antepassados ​​conseguiram levar
as pedras poderosas de tão longe e, em seguida, usando apenas a mais primitiva das ferramentas,
construir esta estrutura surpreendente?
Por que erguê-lo exatamente naquele local?


Independentemente de sua finalidade, o monumento de Stonehenge é mais que
um ponto turístico; é uma obra que desafia os pesquisadores modernos e excita a
imaginação de cada visitante. 
Certamente, o fascínio exercido pelo monumento não está apenas em sua grandeza e
imponência desproporcionais ao pensamento contemporâneo, mas principalmente,
nos mistérios que cada pedra guarda, há mais de 5 mil anos.


Uma maquete na saída do local dá uma idéia  de como seria o circulo de pedras
após o término de sua construção.


Deixamos aquela formação intrigante para trás e fomos conhecer a cidade de onde
o navio Titanic zarpou para sua primeira e última viagem no dia 10 de abril de 1912.
Southampton é a maior cidade portuária da costa sul da Inglaterra e sua população
gira em torno de 230.000 habitantes.


 A história de Southampton se mistura  com a história e o desenvolvimento marítimo
da Inglaterra como também da Europa.
É um porto muito usado pelos  navios de cruzeiros, devido a infraestrutura de seus
galpões, sendo também um porto de carga muito importante nacionalmente.


Foi uma das cidades britânicas severamente bombardeadas durante a segunda guerra
mundial, por esta razão, vários monumentos históricos foram destruídos, porém ainda
existe a antiga muralha da cidade, como também o portal Bargate, antiga maior entrada
para a cidade na extremidade norte da muralha
Southampton tem a segunda muralha medieval  mais longa remanescente na Inglaterra.



Para chegar até a praia, passamos por um parque muito grande e bem cuidado.
O local é muito bem  preservado parece um vilarejo, com casas espalhadas
e uma igreja pequena, mas muito linda.




A praia na verdade é uma faixa estreita de pedregulhos.
E pelas informações de Warley que mora em Londres, mas frequenta o local,
as pessoas realmente tomam sol deitados sobre aquela superfície desconfortável.
Daí, entendemos porque eles gostam tanto das praias brasileiras.




Southampton fará parte do grande  Revezamento da Tocha Olímpica  que passará
por aqui no  14 de Julho de 2012.
A cidade está se preparando com  uma grande festa para receber a Tocha e todas as
autoridades e desportistas que a acompanham.


O passeio estava agradável, mas tínhamos uma viagem de quase 2 horas pela
frente e um belo jantar nos esperava em Londres.
Warley nos ofereceu um churrasco em sua casa.
A noite foi muito agradável e o churrasco uma maravilha!





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