terça-feira, 24 de abril de 2012

CIDADE ETERNA



09/01/2012

Saímos muito cedo de Londres com destino a Roma.
Estávamos ansiosos para conhecer a cidade que devido a
sua história milenar, é apelidada de eterna.


Encontramos a cidade de Roma ensolarada e cheia de alto astral.
Se Londres é austera, Paris é romântica, Roma se destaca pela alegria.
A caminho do hotel, o próprio motorista do táxi transmitia essa sensação.
Ele falava alto, rápido, sorria muito e descrevia a cidade a nossa frente
com um entusiasmo que contagiava.
Saímos de uma Londres cinzenta e encontramos uma Roma iluminada e
cercada de muito verde. 


A história da Civilização Romana começa a ser contada a partir de 753 a.C.
Segundo a mitologia romana, Roma foi fundada pelos irmãos Rômulo e Remo.
Os gêmeos foram jogados no rio Tibre e  resgatados por uma loba, que os amamentou,
foram criados posteriormente por um casal de pastores.
Adultos, retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova
cidade que seria Roma.


De acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos
que foram habitar a região da Península Itálica: gregos, etruscos e italiotas.
Desenvolveram na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastorais.
A sociedade, nesta época, era formada por patrícios ( nobres proprietários de terras )
e plebeus ( comerciantes, artesãos e pequenos proprietários ).
O sistema político era a monarquia, já que a cidade era governada por um rei de origem patrícia.


A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega.
Os romanos "copiaram" muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega.
Os romanos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses.
A grande parte dos deuses romanos foram retirados do panteão grego,
porém os nomes originais foram mudados.


Deus Grego

Deus Romano

Função ou Característica
Zeus
Júpiter
Pai dos deuses e dos homens, principal deus do Olimpo.
Cronos
Saturno
Deus do tempo, pai de Zeus. Pertencia à raça dos titãs.
Hera
Juno
Rainha dos deuses, esposa de Zeus.
Hefesto
Vulcano
Artista do Olimpo, fazia os raios que Zeus lançava sobre os mortais. 
Filho de Zeus e Hera.
Poseidon
Netuno
Senhor do oceano, irmão de Zeus.
Hades/Dis
Plutão
Senhor do reino dos mortos, irmão de Zeus.
Ares
Marte
Deus da guerra, filho de Zeus e Hera.
Apolo
Febo
Deus do sol, da arte de atirar com o arco, da música e da profecia. 
Filho de Zeus e Latona.
Artemis
Diana
Deusa da caça e da lua, irmã de Apolo.
Afrodite
Vênus
Deus da beleza e do amor, nasceu das espumas do mar.
Eros
Cupido
Deus do amor, filho de Vênus.
Palas
Minerva
Deusa da sabedoria, nasceu da cabeça de Zeus.
Hermes
Mercúrio
Deus da destreza e da habilidade, cultuado pelos comerciantes. 
Filho e mensageiro de Zeus.
Deméter
Ceres
Deusa da agricultura, filha de Cronos e Ops.
Dionísio         Baco                Deus do vinho e dos excessos.


Muitos aspectos culturais, científicos, artísticos e linguísticos romanos chegaram
até os dias de hoje, enriquecendo a cultura ocidental.


 Podemos destacar como exemplos deste legado: o Direito Romano, técnicas de
arquitetura e engenharia, línguas latinas originárias do Latim (Português, Francês,
Espanhol e Italiano), técnicas de artes plásticas, filosofia e literatura.



Existe um velho ditado popular que diz:"quem tem boca vai a Roma ou todos os 
caminhos vão dar em Roma"
A referência à cidade de Roma é devida ao fato dos Romanos terem construído
por toda a velha Europa, estradas ligando a capital do seu império às cidades mais remotas.


A primeira estrada romana a ser construída foi a célebre VIA APPIA, no ano 312a.C. e
ligava Roma a Brindes, perto de Pompeia.
No auge do poder de Roma,  foram construídos perto de 85.000 km de estradas que 
ligavam a capital às fronteiras mais distantes do império. 


Assim como aconteceu em Paris, tivemos muita sorte na escolha do hotel.
O Eurostars Saint John está a poucos passos da Basílica de San Giovanni,
a 200m da  Estação do Metrô Manzoni (linha A), a 15 minutos a pé do Coliseu.



Acomodamos nossa bagagem e fomos explorar a cidade eterna a pé.


Passamos pelo monumental Coliseu que seria visitado depois.


 Pelo Foro Romano que também merecia uma visita especial mais tarde.


A Piazza Venezia é imensa e se encontra  na encosta da Colina do Capitólio,
é considerada o centro do tráfego romano.
Atravessar aquela praça demanda tempo e muita atenção.



Ao lado da praça rectangular ergue-se o imponente Vitoriano, um Monumento Nacional
em homengem a Vitor Emanuel II.
Também chamado Monumento ao Soldado Desconhecido e no seu interior
abriga um museu da história militar e bélica da Itália.


 É jocosamente referido pelos romanos como a Máquina de escrever, pela sua forma,
ou "Bolo de Noiva" e "Elefante Branco",devido à sua cor: um branco imaculado que contrasta
com o branco "sujo" das ruínas romanas.


Ao andar pelas ruas de Roma é preciso estar muito atento porque a cada passo
você é surpreendido com uma obra de arte.
Saindo da Piazza Venezia nos deparamos com essa maravilha que parece ser
apenas uma travessia.




 O Castelo Santo Ängelo, originalmente um mausoléu do Imperador Adriano, teve diversas 
funções ao longo do tempo, mas a mais marcante foi a de um sólido baluarte de defesa do 
Papa em tempos de guerra.
O corredor elevado que servia de rota de fuga segura desde o vaticano até o castelo, bem 

como a estátua do Arcanjo Miguel ao topo da fortaleza são lembranças de períodos de batalhas, 
cercos e intrigas.
O castelo abriga um museu e aposentos preservados 







Fontana de Trevi, foi a nossa primeira parada.
Ë a maior fonte barroca de Roma e, provavelmente, a mais famosa do mundo.
Projetada por Nicole Salvi  começou a ser construída em 1735 e foi concluída
por Giuseppe Pannini em 1762.


Fontana di Trevi é uma das principais atrações turísticas de Roma, uma fonte cheia de 
história, que faz parte da identidade da cidade.



A fonte situa-ae no cruzamento de três vias , marcando o ponto final do Acqua Vergine, um dos mais antigos aquedutos que abasteciam a cidade de Roma.
O monumento foi esculpido tendo como  pano de fundo o  Palazzo Poli.


No ano 19 a.C., supostamente ajudados por uma virgem, técnicos romanos localizaram uma
fonte de água pura a pouco mais de 22 quilômetros da cidade (cena representada em escultura
na própria fonte),


Construída toda em resplandescente mármore branco com estátuas magníficas e 
incrivelmente utilizando a canalização de água fresca criada pelo Império Romano.  
As águas que ainda jorram na fonte utilizam os mesmos sistemas dos engenhosos 
ancestrais da cidade eterna.


A Fontana di Trevi é muito mais do que uma fonte ou um chafariz: é um monumento 
à beleza e à grandeza de um povo. 


Muitas lendas povoam esta fonte.Uma das mais tradicionais é a escultura de um grande
vaso esculpido sobre o muro que circunda a fonte, na esquina com a rua Stamperia.
Reza à tradição, que Nicola Salvi, o arquiteto que projetou a fonte, teria posto a escultura
propositalmente, devido às rixas com um barbeiro que tinha a sua loja nos arredores da obra,
na atual rua Stamperia. que tecia comentários negativos à fonte que se desenhava aos poucos,
Lenda ou não, o imenso vaso continua lá. Devido à sua forma, que lembra o ás de copas das
cartas de baralho, os romanos batizaram a escultura com o sugestivo nome de Asso di Coppe
(Ás de Copas).

                                               
Diz outra  lenda, que se você jogar uma moedinha na fonte, com certeza,
voltará a visitar a cidade eterna e rever seus encantos.
Eu, a Rosa e a Elaine não perdemos a oportunidade de garantir um retorno em breve.




Situada próximo à Fontana di Trevi, encontramos a igreja de Santi Vincenzo e Anastasio.
É o local onde os corações embalsamados de 25 papas, desde o papa Sisto V até Leão 
XIII estão preservados.


Originalmente Católica Romana, desde 2002 a igreja foi usada pela Igreja Ortodoxa da Bulgária, 
quando o Papa João Paulo II deu-a como presente à Igreja Ortodoxa da Bulgária.


Desde então tem sido o lar dos santos búlgaros Cirilo e Metódio. Como Paróquia Ortodoxa 
de Roma, a Igreja de Santi Vincenzo e Anastasio  é a sede do Bispado Ortodoxo Búlgaro 
para a Itália, San Marino e Malta.


O Pantheon de Roma foi construído em 27 a.C. no período da a República
Romana, durante o terceiro consulado do imperador Marco Vipsânio Agripa.


Por isso o seu nome está inscrito sobre o pórtico do edifício.
Lê-se aí: M.AGRIPPA.L.F.COS.TERTIUM.FECIT, o que significa:
"Construído por Marco Agripa, filho de Lúcio, pela terceira vez cônsul".  


 Destruído por um incêndio no ano 80 d.C. e  foi reconstruído em 125 d.C. pelo 
imperador Adriano, mantendo-se praticamente intacto desde então.
Sua abóbada, criada a partir da fina arte arquitetônica romana, tem 43 metros de 
altura, feito que só seria igualado no século 15.


O "óculo", uma abertura na parte superior do teto, é a fonte de iluminação do prédio 
e o deslocamento da luz ao longo do dia cria um espetáculo à parte.
 

Desde que foi construído se manteve em uso: primeiro como templo dedicado a todos
os deuses do panteão romano (daí o seu nome) e, desde o século VII, como templo cristão.
Sua arquitetura externa, apesar de muito imponente não retrata a riqueza do seu interior.



Lá estão os túmulos do artista renascentista Rafael, bem como de vários reis italianos,
como Vitor Emanuel II e Humberto I.


Na praça bem em frente (Piazza della Rotonda) fica um dos obeliscos egípcios que estão
espalhados por Roma, ele está agregado a Fonte do Pantheon e no alto foi colocado uma
cruz sobre uma estrela.




Piazza Navona é  considerada uma das mais belas praças barrocas do mundo e 
esta localizada sobre as ruínas do antigo Estádio de Domiciano.
Nesse local  ocorriam competições esportivas no início da Era Cristã. 
Alguns arcos do Stadium ainda resistem e podem ser vistos em meio a praça.


Com o passar dos anos residências foram construídas utilizando as arquibancadas como  
sustentação, o que garantiu que o formato elíptico do estádio fosse preservado. 



  
A Navona somente foi considerada uma praça no século XV quando passou a abrigar o 
mercado da cidade. Sua característica barroca atual é um resultado da remodelação que o 
Papa Inocêncio X ordenou no século XVI.



Entre as obras encomendadas está a impressionante Fontana dei Quattro Fiumi, trabalho de
Bernini que representa os quatro principais continentes através de seus rios mais importante: 
o Nilo na África, o Ganges na Ásia, o Rio da Prata na América e o Danúbio na Europa.
 
  

Na praça existem ainda duas outras fontes, a Fontana di Nettuno e a Del Moro, ambas obras 
de Giacomo della Porta. 

  

O Palazzo Pamphilj (ou Pamphili)  com vista para a praça  foi construído entre1644 e 1650.
Desde 1920, o palácio é a sede da embaixada brasileira na Itália e em 1964 ele se tornou
propriedade do Brasil.


  

Piazza di Spagna  é a praça mais famosa de Roma, foi construída em frente 
a escadaria da Igreja de Trinitá dei Monti.


O nome Piazza di Spagna se deve ao fato de que, no séc. XVII, toda a área onde a praça
se encontra era propriedade da embaixada espanhola em Roma.


A escadaria de 135 degraus foi decorada com vários terraços-jardins, que exibem toda
a sua beleza, principalmente durante a primavera e o verão.


A escadaria liga a praça com a igreja, que foi construída em 1502, transformando todo
o conjunto em um espaço de beleza única.



Enquanto esperávamos o restante do grupo para jantar, sentamos para apreciar um vinho.



Alguns loucos por futebol, resolveram homenagear o time do coração.



Depois de uma via sacra pela cidade romana, nada melhor para terminar o dia
degustando uma boa massa italiana, acompanhada de um bom vinho da casa.

  


Voltamos para o hotel já a noitinha. alguns de táxi e outros a pé.
Encontramos um taxista aproveitador querendo cobrar caríssimo pela corrida.
Eu me recusei a pagar e me juntei aos que foram a pé apreciando a noite romana,





FATO RELEVANTE - A riquesa  de Roma.Todas as  suas praças, ruas e avenidas
abrigam  uma história milenar.


MICO DO DIA - Eu discutindo com o meu amigo Vitor por causa de um taxista
desonesto.

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